Michel Giacometti, "O corso que amava Portugal" nasceu em Ajaccio. Em 1959, chega a Portugal, não voltará a partir. Durante trinta anos vai recolher músicas, contos, histórias e poesias, ditados e adágios, receitas de medicina popular... e assim ele devolve a estes homens e mulheres o orgulho por sua propria cultura .
Esse Corso reinventou uma ilha em Portugal, um de um povo, perseguiu uma busca, a das raízes por vezes míticas que todos trazemos no mais fundo de nós mesmos. É neste campo que "Polifonias-Paci è Saluta, Michel Giacometti" dá conta dos sinais deste percurso, interrogando a memória viva dos mais velhos e provocando os encontros que irão testemunhar da vivacidade actual da música tradicional em Portugal e na Córsega .
É caminhando ao encontro dos cantos polifonicos no Alentejo e na Córsega, depois suscitando um encontro entre cantores alentejanos e corsos, que se irá desenhar o percurso de Giacometti, a memória de dois povos e para além disso as nossa próprias buscas de raízes e de identidade, num tempo em que o que se julgava ser um eco de culturas destinadas a morrer, soa afinal como um apelo, uma interrogação sobre o nosso futuro.
Múltiplos caminhos que tecem um filme de estrutura "polifónica", em que ninguém perde a sua identidade, antes a reanima no contacto com o outro. Uma viagem de vários itinerários que se cruzam no tempo e no espaço, seguindo um jogo de ressonâncias e correspondências, tal como as vozes de uma polifonia.
1 commentaire:
Um filme majestoso . De rara beleza .
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